Amantes da Cena

Ontem te vi,

Você sempre tão meigo,

Belo dos fios dourados,

Pele de pêssego.

Tens um coração romântico

Que aos poucos faz despertar

Carinho que a muito

Em meu peito desertara...

Oh, vida bandida!

Não o roube de mim,

Devido as circunstâncias

Que se apresentam desfavoráveis.

Engraçado, estás sem costumes de tais.

Mas procura se arriscar sem medo

E de frente nobre cavalheiro as quer encarar.

Receio criares falsas expectativas,

E posteriormente de ideia

Tão somente mudar.

Mas qual será a minha culpa

Se criares um espelho e permitir

Que as suas próprias mãos o faça espatifar?

A pouco tempo o conheço,

Mas as duvidas aqui dentro me fazem

Exitar, pois cada passo se não for medido

Em alguns momentos podem vir

Ao registro em ambos machucar.

Porém, podem num simples arrisco,

Frutificar a felicidade de uma relação duradoura.

Exageros do inicio do romance, já que

Mal se conhecem os 'amantes' da cena a estrear.

Dizem liricamente que o coração tem portas

Se a minha está emperrada, não tentes arrobar...

Apenas chegue com jeito, mecha a maçaneta

E empurre, se mesmo assim não conseguires

Chame meu nome, lhe concedo a janela

para as minhas traças lançar

Suba as nelas e no aconchego vem 

Nos meus braços morar...

E pacientemente concerte a porta

Para você ir embora e voltar

Por sua livre e espontânea vontade

Para ao meu lado querer sempre estar.

Fonte da imagem: Google


Aline Santos