Azul Negro Celeste

Admirando um azul negro celeste,

Visualizando o brilhar de milhões de estrelas,

Me lanço em eloquentes quimeras.

Independente das estações vividas,

O Eros invade o compasso das batidas 

Dos átrios e ventrículos,

Deste meu coração, que sem ti, 

torna-se bradicardíaco.

A loucura de escrituras sãs,

Das peripécias de uma vida rotineira

Mudada por acontecimentos mais que bons,

Que antes se via, no precipício a beira.

A delicia de tuas mãos em meu rosto,

Me fizeram avivar, hibernante esperança,

Desta constelação que faz cintilar eternas lembranças,

Dos momentos que em teus braços senti aconchego

E um penetrante olhar dum sensível devaneio,

Dando luz a harmoniosa imaginação.

Só quero reviver os nossos instantes e

Desligar para sempre o botão de delete, 

dos registros de mim em seu coração.

Aline Santos

Fiz este poema dia 24 de janeiro em Salinas das Margaridas-BA